O nazismo é normalmente considerado como uma forma de fascismo, mas o Nazismo, em contraste com o fascismo, viu o objetivo do Estado no serviço de um ideal daquilo que o Estado supostamente deveria ser: as suas pessoas, raças, e a engenharia social destes aspectos da cultura com o fim último de uma maior prosperidade possível para eles às custas dos outros.
Por seu lado, o fascismo de Mussolini continuou fiel à ideologia de que todos estes fatores existiam para servir o Estado e que não era necessariamente no interesse do Estado servir ou manipular algumas daquelas características. O único objectivo do governo sob o fascismo era auto-valorizar-se como a maior prioridade da sua cultura, simplesmente sendo o Estado em si, quanto maior a sua dimensão, melhor, pelo que se pode dizer que se tratou de uma Estadolatria (idolatria do estado) governamental. Enquanto o nazismo era uma ideologia metapolítica, vendo a si mesmo apenas como uma utilidade pela qual uma condição alegórica do seu povo era o seu objectivo, o fascismo era uma forma sinceramente anti-socialista de Estatismo que existiu por virtude de e com fins em si mesmo. O movimento nazista falou da sociedade baseada em classes como o seu inimigo e pretendia unificar o elemento racial acima de classes estabelecidas, enquanto que o movimento fascista tentou preservar o sistema de classes e sustentou-o como a fundação de cultura estabelecida e progressiva.
Fascismo
domingo, 10 de julho de 2011
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Prática do fascismo
Exemplos de sistemas fascistas incluem:
Alguns analistas, no entanto, mostram que certos governos fascistas eram mais autoritários que totalitários, como é o caso dos governos da Espanha de Francisco Franco e Portugal de Salazar.
Escritores que focalizam suas análises em políticas econômicas e no uso do aparato estatal para combater os conflitos entre as classes diferentes fazem comparações até mais amplas, identificando o fascismo como uma forma de corporativismo. O corporatismo era a face política da doutrina social católica do final do século XIX. Algumas comparações são feitas em relação ao corporativismo como certas partes do New Deal de Roosevelt nos EUA, e o populismo de Juan Domingo Perón na Argentina. No Brasil, Plínio Salgado fundou em 7 de outubro de 1932 a Ação Integralista Brasileira, influenciado pelo fascismo italiano.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fascismo#Pr.C3.A1tica_do_fascismo
- a Itália de Mussolini,
- a Espanha sob o governo da Falange Española y de las Juntas de Ofensiva Nacional Sindicalista, partido de Francisco Franco
Alguns analistas, no entanto, mostram que certos governos fascistas eram mais autoritários que totalitários, como é o caso dos governos da Espanha de Francisco Franco e Portugal de Salazar.
Escritores que focalizam suas análises em políticas econômicas e no uso do aparato estatal para combater os conflitos entre as classes diferentes fazem comparações até mais amplas, identificando o fascismo como uma forma de corporativismo. O corporatismo era a face política da doutrina social católica do final do século XIX. Algumas comparações são feitas em relação ao corporativismo como certas partes do New Deal de Roosevelt nos EUA, e o populismo de Juan Domingo Perón na Argentina. No Brasil, Plínio Salgado fundou em 7 de outubro de 1932 a Ação Integralista Brasileira, influenciado pelo fascismo italiano.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fascismo#Pr.C3.A1tica_do_fascismo
Fascismo e cristianismo
Tem sido alegado por alguns autores que a encíclica do Papa Leão XIII de 1891, Rerum Novarum antecipou a doutrina que se tornou conhecida como fascismo. Na referida encíclica, dizia-se no entanto em flagrante contradição com a doutrina fascista acerca do papel a desempenhar pelo Estado: "não é justo que o indivíduo ou a família sejam absorvidos pelo Estado, mas é justo, pelo contrário, que aquele e esta tenham a faculdade de proceder com liberdade, contando que não atentem contra o bem geral, e não prejudiquem ninguém." e "O Governo é para os governados e não vice-versa"
Alega-se que as "tendências corporativas" da Rerum Novarum foram ressaltadas pela encíclica do Papa Pio XI em 25 de maio de 1931 Quadragesimo Anno que reafirmou a hostilidade de Rerum Novarum face à competição desordenada e à luta de classes. Uma vez mais, o papel do Estado era o de velar pelo bem comum e não o de reduzir os indivíduos ao Estado, como no fascismo.
A promulgação da encíclica Non abbiamo bisogno, em 29 de junho de 1931, Pio XI reitera de forma veemente a condenação dos erros do fascismo italiano, considerando-o já uma estatolatria, como se confirmou na definição que Mussolini fez da doutrina fascista em 1932.
O conflito entre o fascismo e a Igreja Católica, remonta ao início dos anos 1920 do século XX. O partido católico na Itália (Partito Popolare) estava então prestes a formar uma coligação com o partido reformador que poderia ter estabilizado a política italiana e frustrando o golpe projetado por Mussolini. A 2 de outubro de 1922, o Papa Pio XI fez circular uma carta ordenando ao clero que não se identificasse com o Partito Popolare, mas que ficasse neutro, uma ação que iria enfraquecer o partido e sua aliança contra Mussolini. No seguimento da ascensão de Mussolini ao poder, o secretário de estado do Vaticano encontrou-se com Il Duce no início de 1923 e concordou em dissolver o Partito Popolare, que Mussolini via como um obstáculo ao domínio fascista. Em troca, os fascistas fizeram garantias quanto à educação e instituições católicas.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fascismo#Fascismo_e_cristianismo
Alega-se que as "tendências corporativas" da Rerum Novarum foram ressaltadas pela encíclica do Papa Pio XI em 25 de maio de 1931 Quadragesimo Anno que reafirmou a hostilidade de Rerum Novarum face à competição desordenada e à luta de classes. Uma vez mais, o papel do Estado era o de velar pelo bem comum e não o de reduzir os indivíduos ao Estado, como no fascismo.
A promulgação da encíclica Non abbiamo bisogno, em 29 de junho de 1931, Pio XI reitera de forma veemente a condenação dos erros do fascismo italiano, considerando-o já uma estatolatria, como se confirmou na definição que Mussolini fez da doutrina fascista em 1932.
O conflito entre o fascismo e a Igreja Católica, remonta ao início dos anos 1920 do século XX. O partido católico na Itália (Partito Popolare) estava então prestes a formar uma coligação com o partido reformador que poderia ter estabilizado a política italiana e frustrando o golpe projetado por Mussolini. A 2 de outubro de 1922, o Papa Pio XI fez circular uma carta ordenando ao clero que não se identificasse com o Partito Popolare, mas que ficasse neutro, uma ação que iria enfraquecer o partido e sua aliança contra Mussolini. No seguimento da ascensão de Mussolini ao poder, o secretário de estado do Vaticano encontrou-se com Il Duce no início de 1923 e concordou em dissolver o Partito Popolare, que Mussolini via como um obstáculo ao domínio fascista. Em troca, os fascistas fizeram garantias quanto à educação e instituições católicas.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fascismo#Fascismo_e_cristianismo
Doutrina política e social
Na segunda parte do texto, acerca da "Doutrina Política e Social" do fascismo, Mussolini começa por traçar o itinerário do seu pensamento e acção. Inicio do Socialismo; ponto de chegada, o fascismo.
Em 1919, quando são lançados os fasci em Milão, não têm uma doutrina, mas têm um programa e, sobretudo, têm a "fé". Rejeitam o Socialismo reformista de Bernstein, integrando a "esquerda revolucionária" que privilegia a "doutrina da acção". Depois da guerra, o Socialismo reformista estaria já morto como doutrina. Nessa altura, com as expedições punitivas da Itália decorrendo em pano de fundo, os fasci estavam confrontados com várias forças políticas - "liberais, democratas, socialistas, maçónicos, e com o Partito Popolare" – , e respectivas doutrinas. Isto enquanto enfrentavam vários problemas; como o da relação entre o indivíduo e do Estado; o da relação entre autoridade e liberdade; e o problema nacional italiano.
Entre a Marcha sobre Roma (Outubro de 1922) e os anos 1926, 1927, e 1928, o fascismo foi sendo espelhado nas leis e instituições do regime fascista. A doutrina do fascismo é executado por Mussolini como um produto do seu exercício do poder na Itália dos anos 1920. Em 1932, por fim, o fascismo estaria já definido como regime e como doutrina.
Em 1919, quando são lançados os fasci em Milão, não têm uma doutrina, mas têm um programa e, sobretudo, têm a "fé". Rejeitam o Socialismo reformista de Bernstein, integrando a "esquerda revolucionária" que privilegia a "doutrina da acção". Depois da guerra, o Socialismo reformista estaria já morto como doutrina. Nessa altura, com as expedições punitivas da Itália decorrendo em pano de fundo, os fasci estavam confrontados com várias forças políticas - "liberais, democratas, socialistas, maçónicos, e com o Partito Popolare" – , e respectivas doutrinas. Isto enquanto enfrentavam vários problemas; como o da relação entre o indivíduo e do Estado; o da relação entre autoridade e liberdade; e o problema nacional italiano.
Entre a Marcha sobre Roma (Outubro de 1922) e os anos 1926, 1927, e 1928, o fascismo foi sendo espelhado nas leis e instituições do regime fascista. A doutrina do fascismo é executado por Mussolini como um produto do seu exercício do poder na Itália dos anos 1920. Em 1932, por fim, o fascismo estaria já definido como regime e como doutrina.
domingo, 26 de junho de 2011
O renascimento do fascismo na Itália
Nossa mídia corporativa sempre tão "preocupada" com a democracia na América Latina, quando se trata de governos não alinhados aos seus interesses é claro, pouca atenção tem dado ao recrudescimento do fascismo na Itália.
O governo de Silvio Berlusconi legalizou a formação das chamadas "patrulhas cidadãs". Esse grupos são formados por voluntários com o suposto objetivo de ajudar no combate ao crime e na manutenção da "lei e da ordem". Sem remuneração e teoricamente não podendo portar armas, esses grupos tem se multiplicado, adotado uniformes e agido principalmente na intimidação aos imigrantes e na incitação o ódio racial.
Recentemente, o líder de extrema direita de um desses grupos foi filmado em uma reunião fazendo uma saudação nazista sobre aplausos dos presentes. Os fatos se assemelham em muito aos ocorridos durante o regime fascista do ditador Benito Mussolini. Mussolini criou milícias chamadas "camisas negras" que tinham objetivo de intimidar opositores e sustentar o regime fascista.
Infelizmente, esses tristes fatos não tem despertado a atenção merecida da mídia corporativa, deixando novamente o "ovo da serpente" se desenvolver livremente em nossos tempos.
A luta dos comunistas contra o Fascismo
Foram os comunistas dos primeiros a levantar-se na luta contra o fascismo e o nazismo e que foram eles as suas primeiras vítimas, a começar na Alemanha.
Que foi a luta heróica do povo soviético, com os comunistas na primeira linha, quem quebrou o mito da invencibilidade da Wehrmacht hitleriana, quem decidiu no fundamental a viragem da guerra com a derrota dos exércitos nazis em Estalinegrado e quem deu uma contribuição decisiva para a libertação dos países da Europa oriental e central.
E que os comunistas tiveram também uma participação decisiva em todos os movimentos e lutas das resistências nacionais nos países ocupados pela Alemanha nazi e seus cúmplices fascistas, nomeadamente na França, Itália, Jugoslávia, Checoslováquia, Polónia, Grécia, Bulgária, Roménia. (...)
O silenciamento ou desvalorização do papel que na vitória sobre o nazi-fascismo tiveram a URSS e os comunistas é uma das expressões da luta ideológica que pretende fazer esquecer o papel decisivo que os comunistas tiveram nas grandes transformações e progressos que a Humanidade alcançou neste século.
A vasta aliança antifascista realizada durante a guerra, que teve na Coligação militar a força indispensável que quebrou a máquina de guerra nazi e teve expressão também nas alianças e estruturas unitárias antifascistas que nos vários países deram uma contribuição preciosa à vitória, mostra como é possível (e necessário) que nas grandes causas da Humanidade, na luta pela liberdade e a democracia, pelos direitos humanos e nacionais, os democratas se unam e cooperem, mesmo tendo opiniões, motivações e convicções diferentes.
Que foi a luta heróica do povo soviético, com os comunistas na primeira linha, quem quebrou o mito da invencibilidade da Wehrmacht hitleriana, quem decidiu no fundamental a viragem da guerra com a derrota dos exércitos nazis em Estalinegrado e quem deu uma contribuição decisiva para a libertação dos países da Europa oriental e central.
E que os comunistas tiveram também uma participação decisiva em todos os movimentos e lutas das resistências nacionais nos países ocupados pela Alemanha nazi e seus cúmplices fascistas, nomeadamente na França, Itália, Jugoslávia, Checoslováquia, Polónia, Grécia, Bulgária, Roménia. (...)
O silenciamento ou desvalorização do papel que na vitória sobre o nazi-fascismo tiveram a URSS e os comunistas é uma das expressões da luta ideológica que pretende fazer esquecer o papel decisivo que os comunistas tiveram nas grandes transformações e progressos que a Humanidade alcançou neste século.
A vasta aliança antifascista realizada durante a guerra, que teve na Coligação militar a força indispensável que quebrou a máquina de guerra nazi e teve expressão também nas alianças e estruturas unitárias antifascistas que nos vários países deram uma contribuição preciosa à vitória, mostra como é possível (e necessário) que nas grandes causas da Humanidade, na luta pela liberdade e a democracia, pelos direitos humanos e nacionais, os democratas se unam e cooperem, mesmo tendo opiniões, motivações e convicções diferentes.
sábado, 25 de junho de 2011
O fim do Fascismo (29 de abril de 1945)
Eis uma foto que bem poderia estar sobre a mesa de trabalho dos alcaides de grandes cidades, como o Rio de Janeiro. Ela registra o fim do Fascismo na Itália e como acabaram Benito Mussolini (1883-1945) e seus acessores nas mãos dos partigiani –a resistência italiana, durante a II Grande Guerra. Depois disso, poucos governos ousaram assumir explicitamente os ideais fascistas. Mussolini, o Duce (chefe), fora o primeiro a implantar um governo desse tipo em 1922, após a marcha sobre Roma, inspirado em teorias anti-democráticas, como as do filósofo francês George Sorel (1847-1922), e ações de nacionalistas, como o poeta italiano Gabrielle D’Annunzio (1863-1938). Em resumo, defendia-se o uso da força para tomada do poder, imposição aos civis de uma ordem e disciplina militares, supressão da liberdade de imprensa, controle total do Estado sobre a economia e atividades sociais, além do pensamento único em torno da figura do líder absoluto e carismático. No século XX, Itália, Alemanha, Espanha e Portugal experimentaram regimes declaradamente fascistas. Na América Latina, África e Ásia, ditaduras militares de esquerda e direita adotaram veladamente características fascistas, sobretudo depois de 1945, com a derrota do Eixo (Itália, Alemanha e Japão) para os Aliados (Inglaterra, França, URSS e EUA).
Assinar:
Postagens (Atom)