domingo, 10 de julho de 2011

Fascismo e nazismo

O nazismo é normalmente considerado como uma forma de fascismo, mas o Nazismo, em contraste com o fascismo, viu o objetivo do Estado no serviço de um ideal daquilo que o Estado supostamente deveria ser: as suas pessoas, raças, e a engenharia social destes aspectos da cultura com o fim último de uma maior prosperidade possível para eles às custas dos outros.
Por seu lado, o fascismo de Mussolini continuou fiel à ideologia de que todos estes fatores existiam para servir o Estado e que não era necessariamente no interesse do Estado servir ou manipular algumas daquelas características. O único objectivo do governo sob o fascismo era auto-valorizar-se como a maior prioridade da sua cultura, simplesmente sendo o Estado em si, quanto maior a sua dimensão, melhor, pelo que se pode dizer que se tratou de uma Estadolatria (idolatria do estado) governamental. Enquanto o nazismo era uma ideologia metapolítica, vendo a si mesmo apenas como uma utilidade pela qual uma condição alegórica do seu povo era o seu objectivo, o fascismo era uma forma sinceramente anti-socialista de Estatismo que existiu por virtude de e com fins em si mesmo. O movimento nazista falou da sociedade baseada em classes como o seu inimigo e pretendia unificar o elemento racial acima de classes estabelecidas, enquanto que o movimento fascista tentou preservar o sistema de classes e sustentou-o como a fundação de cultura estabelecida e progressiva.




quinta-feira, 7 de julho de 2011

Prática do fascismo

Exemplos de sistemas fascistas incluem:
  • a Itália de Mussolini,
  • a Espanha sob o governo da Falange Española y de las Juntas de Ofensiva Nacional Sindicalista, partido de Francisco Franco
A prática do fascismo envolveu medidas políticas e econômicas, convidando a comparações diferentes. Como notado em outro lugar neste artigo, alguns escritores que focalizam suas análises nas medidas politicamente repressivas de fascismo identificam isto como uma forma de totalitarismo, uma descrição eles usam para não só caracterizar a Itália fascista, mas também países como a União Soviética, a República Popular de China ou a Coréia do Norte. Deve ser notado que o termo "totalitarismo" é muito amplo e inclui muitas ideologias diferentes, que são inimigas juradas umas das outras.
Alguns analistas, no entanto, mostram que certos governos fascistas eram mais autoritários que totalitários, como é o caso dos governos da Espanha de Francisco Franco e Portugal de Salazar.
Escritores que focalizam suas análises em políticas econômicas e no uso do aparato estatal para combater os conflitos entre as classes diferentes fazem comparações até mais amplas, identificando o fascismo como uma forma de corporativismo. O corporatismo era a face política da doutrina social católica do final do século XIX. Algumas comparações são feitas em relação ao corporativismo como certas partes do New Deal de Roosevelt nos EUA, e o populismo de Juan Domingo Perón na Argentina. No Brasil, Plínio Salgado fundou em 7 de outubro de 1932 a Ação Integralista Brasileira, influenciado pelo fascismo italiano.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fascismo#Pr.C3.A1tica_do_fascismo

Fascismo e cristianismo

     Tem sido alegado por alguns autores que a encíclica do Papa Leão XIII de 1891, Rerum Novarum antecipou a doutrina que se tornou conhecida como fascismo. Na referida encíclica, dizia-se no entanto em flagrante contradição com a doutrina fascista acerca do papel a desempenhar pelo Estado: "não é justo que o indivíduo ou a família sejam absorvidos pelo Estado, mas é justo, pelo contrário, que aquele e esta tenham a faculdade de proceder com liberdade, contando que não atentem contra o bem geral, e não prejudiquem ninguém." e "O Governo é para os governados e não vice-versa"
Alega-se que as "tendências corporativas" da Rerum Novarum foram ressaltadas pela encíclica do Papa Pio XI em 25 de maio de 1931 Quadragesimo Anno que reafirmou a hostilidade de Rerum Novarum face à competição desordenada e à luta de classes. Uma vez mais, o papel do Estado era o de velar pelo bem comum e não o de reduzir os indivíduos ao Estado, como no fascismo.
A promulgação da encíclica Non abbiamo bisogno, em 29 de junho de 1931, Pio XI reitera de forma veemente a condenação dos erros do fascismo italiano, considerando-o já uma estatolatria, como se confirmou na definição que Mussolini fez da doutrina fascista em 1932.
O conflito entre o fascismo e a Igreja Católica, remonta ao início dos anos 1920 do século XX. O partido católico na Itália (Partito Popolare) estava então prestes a formar uma coligação com o partido reformador que poderia ter estabilizado a política italiana e frustrando o golpe projetado por Mussolini. A 2 de outubro de 1922, o Papa Pio XI fez circular uma carta ordenando ao clero que não se identificasse com o Partito Popolare, mas que ficasse neutro, uma ação que iria enfraquecer o partido e sua aliança contra Mussolini. No seguimento da ascensão de Mussolini ao poder, o secretário de estado do Vaticano encontrou-se com Il Duce no início de 1923 e concordou em dissolver o Partito Popolare, que Mussolini via como um obstáculo ao domínio fascista. Em troca, os fascistas fizeram garantias quanto à educação e instituições católicas.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fascismo#Fascismo_e_cristianismo



Doutrina política e social

  Na segunda parte do texto, acerca da "Doutrina Política e Social" do fascismo, Mussolini começa por traçar o itinerário do seu pensamento e acção. Inicio do Socialismo; ponto de chegada, o fascismo.
  Em 1919, quando são lançados os fasci em Milão, não têm uma doutrina, mas têm um programa e, sobretudo, têm a "fé". Rejeitam o Socialismo reformista de Bernstein, integrando a "esquerda revolucionária" que privilegia a "doutrina da acção". Depois da guerra, o Socialismo reformista estaria já morto como doutrina. Nessa altura, com as expedições punitivas da Itália decorrendo em pano de fundo, os fasci estavam confrontados com várias forças políticas - "liberais, democratas, socialistas, maçónicos, e com o Partito Popolare" – , e respectivas doutrinas. Isto enquanto enfrentavam vários problemas; como o da relação entre o indivíduo e do Estado; o da relação entre autoridade e liberdade; e o problema nacional italiano.
Entre a Marcha sobre Roma (Outubro de 1922) e os anos 1926, 1927, e 1928, o fascismo foi sendo espelhado nas leis e instituições do regime fascista. A doutrina do fascismo é executado por Mussolini como um produto do seu exercício do poder na Itália dos anos 1920. Em 1932, por fim, o fascismo estaria já definido como regime e como doutrina.




domingo, 26 de junho de 2011

O renascimento do fascismo na Itália


Nossa mídia corporativa sempre tão "preocupada" com a democracia na América Latina, quando se trata de governos não alinhados aos seus interesses é claro, pouca atenção tem dado ao recrudescimento do fascismo na Itália.

O governo de Silvio Berlusconi legalizou a formação das chamadas "patrulhas cidadãs". Esse grupos são formados por voluntários com o suposto objetivo de ajudar no combate ao crime e na manutenção da "lei e da ordem". Sem remuneração e teoricamente não podendo portar armas, esses grupos tem se multiplicado, adotado uniformes e agido principalmente na intimidação aos imigrantes e na incitação o ódio racial.

Recentemente, o líder de extrema direita de um desses grupos foi filmado em uma reunião fazendo uma saudação nazista sobre aplausos dos presentes. Os fatos se assemelham em muito aos ocorridos durante o regime fascista do ditador Benito Mussolini. Mussolini criou milícias chamadas "camisas negras" que tinham objetivo de intimidar opositores e sustentar o regime fascista.

Infelizmente, esses tristes fatos não tem despertado a atenção merecida da mídia corporativa, deixando novamente o "ovo da serpente" se desenvolver livremente em nossos tempos.


A luta dos comunistas contra o Fascismo

   Foram os comunistas dos primeiros a levantar-se na luta contra o fascismo e o nazismo e que foram eles as suas primeiras vítimas, a começar na Alemanha.

Que foi a luta heróica do povo soviético, com os comunistas na primeira linha, quem quebrou o mito da invencibilidade da Wehrmacht hitleriana, quem decidiu no fundamental a viragem da guerra com a derrota dos exércitos nazis em Estalinegrado e quem deu uma contribuição decisiva para a libertação dos países da Europa oriental e central.

E que os comunistas tiveram também uma participação decisiva em todos os movimentos e lutas das resistências nacionais nos países ocupados pela Alemanha nazi e seus cúmplices fascistas, nomeadamente na França, Itália, Jugoslávia, Checoslováquia, Polónia, Grécia, Bulgária, Roménia. (...)

O silenciamento ou desvalorização do papel que na vitória sobre o nazi-fascismo tiveram a URSS e os comunistas é uma das expressões da luta ideológica que pretende fazer esquecer o papel decisivo que os comunistas tiveram nas grandes transformações e progressos que a Humanidade alcançou neste século.

A vasta aliança antifascista realizada durante a guerra, que teve na Coligação militar a força indispensável que quebrou a máquina de guerra nazi e teve expressão também nas alianças e estruturas unitárias antifascistas que nos vários países deram uma contribuição preciosa à vitória, mostra como é possível (e necessário) que nas grandes causas da Humanidade, na luta pela liberdade e a democracia, pelos direitos humanos e nacionais, os democratas se unam e cooperem, mesmo tendo opiniões, motivações e convicções diferentes.


sábado, 25 de junho de 2011

O fim do Fascismo (29 de abril de 1945)

  Eis uma foto que bem poderia estar sobre a mesa de trabalho dos alcaides de grandes cidades, como o Rio de Janeiro. Ela registra o fim do Fascismo na Itália e como acabaram Benito Mussolini (1883-1945) e seus acessores nas mãos dos partigiani –a resistência italiana, durante a II Grande Guerra. Depois disso, poucos governos ousaram assumir explicitamente os ideais fascistas. Mussolini, o Duce (chefe), fora o primeiro a implantar um governo desse tipo em 1922, após a marcha sobre Roma, inspirado em teorias anti-democráticas, como as do filósofo francês George Sorel (1847-1922), e ações de nacionalistas, como o poeta italiano Gabrielle D’Annunzio (1863-1938). Em resumo, defendia-se o uso da força para tomada do poder, imposição aos civis de uma ordem e disciplina militares, supressão da liberdade de imprensa, controle total do Estado sobre a economia e atividades sociais, além do pensamento único em torno da figura do líder absoluto e carismático. No século XX, Itália, Alemanha, Espanha e Portugal experimentaram regimes declaradamente fascistas. Na América Latina, África e Ásia, ditaduras militares de esquerda e direita adotaram veladamente características fascistas, sobretudo depois de 1945, com a derrota do Eixo (Itália, Alemanha e Japão) para os Aliados (Inglaterra, França, URSS e EUA).